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Publicada em 28/10/2011 às 09h08m
João Sorima Neto (joao.sorima@sp.oglobo.com.br)
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SÃO PAULO - Francisco Carlos do Nascimento, de 37 anos, sempre trabalhou em supermercados como repositor de mercadorias, conferente e atendendo ao público. Ficou desempregado e agora quer se tornar pintor profissional. Ele é um dos alunos do curso de pintura de paredes na unidade do Senai, no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. A unidade é especializada em formar profissionais da construção civil. Com o 'boom' do setor, é uma das mais requisitadas por quem quer receber treinamento neste setor. Hoje são 800 alunos matriculados.
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- Temos 67 cursos, de pedreiro assentador até pedreiro revestidor, de eletricista a mestre-de-obras - diz Luiz Roberto Gasparetto, diz o coordenador técnico da escola.
Francisco Carlos diz que não se interessava pela construção civil.
- Achava que era só serviço pesado e não tenho físico para isso - diz ele.
Mas viu que a construção civil está 'caçando' profissionais e decidiu arriscar. Gostou tanto que já se prepara para fazer também o curso de eletricista e ingressar no setor com duas qualificações.
- Dos nossos alunos, entre 90% e 100% ingressam no mercado de trabalho - diz Celso Taborda, gerente do Senai em São Paulo.
Segundo Haruo Ishikawa, vice-presidente de relações Capital e trabalho do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscom/SP) hoje as empresas de construção civil demoram até 60 dias para contratar pedreiros especializados em revestimento de fachadas.
- Há fila de espera para contratar pessoal qualificado. Hoje, as empresas estão treinando gente nos próprios canteiros de obras, inclusive o Senai - diz Ishikawa.
A disputa por pedreiros já provocou cenas insólitas em São Paulo. Construtoras chegaram a ir a canteiros de obras de concorrentes para 'roubar' pedreiros, por um salário maior.
O movimento neste setor, que era majoritariamente masculino, está atraindo inclusive a presença feminina. No Senai de São paulo, 30% dos alunos são mulheres.
- Fazia decorações de festas. Já fiz o curso de pintura decorativa e agora estou fazendo o de pintura em paredes - diz Debora dos Santos Correia, de 46 anos.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/10/28/falta-pedreiro-especializado-empresas-demoram-ate-60-dias-para-contratar-925678966.asp#ixzz1cB7hMwFL
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