sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Plano de contingência contra vazamentos de petróleo terá R$ 1 bi

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Orçamento funcionará apenas como seguro. Responsável por vazamento terá de reembolsar governo

DANILO FARIELLO

Vazamento de óleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos. Navios trabalham para conter o óleo na área próxima a plataforma da Chevron Márcia Foletto / Agência O Globo

BRASÍLIA - O Plano Nacional de Contingência (PNC), que prevê as medidas a serem tomadas pelo governo diante de grandes vazamentos de petróleo no mar, já está finalizado e terá um orçamento anual estimado em R$ 1 bilhão. O último ponto a ser definido para o plano entrar em vigor, resolvido nas últimas semanas, foi sua fonte de recursos. O Ministério da Fazenda queria que fosse indicada uma fonte de receita específica, mas acabou aceitando que o PNC seja uma rubrica no Orçamento Geral da União (OGU), sem, portanto, indicação clara de fonte.

O orçamento do PNC, porém, funcionará apenas como um seguro em caso de grandes acidentes, nos quais os responsáveis não são identificados imediatamente. Ou seja, se não houver acidente em determinado ano, o dinheiro ficará contingenciado. Caso um acidente tenha custos que superem a rubrica do orçamento anual, uma medida provisória poderá ser editada para dar mais fôlego ao PNC.

O dinheiro do plano poderá pagar, por exemplo, deslocamentos de técnicos em helicóptero para avaliar o estrago causado pelo vazamento. Quando identificado o responsável, ele reembolsará o Tesouro e passará a arcar com os custos para conter o impacto.

O plano vai ditar as ações emergenciais em caso de catástrofes, como as que ocorreram no Golfo do México, em 2010, ou na Baía de Guanabara, em 2000. O plano prevê a atuação coordenada de diferentes órgãos federais no caso desses desastres, mas as decisões serão centralizadas em um grupo tríplice, formado por Ibama, Marinha e Agência Nacional do Petróleo (ANP). O desenho do projeto, que será encaminhado à Casa Civil em março para aprovação final, envolveu seis ministérios.

O plano prevê, por exemplo, que o Ministério da Justiça facilite a emissão de vistos para estrangeiros que venham ajudar no vazamento. A Receita Federal deve facilitar a entrada no país de embarcações para minimizar o problema.

O texto — cujo debate foi acelerado após o vazamento da Chevron na Bacia de Campos, no ano passado — prevê que a comissão tríplice defina se o vazamento tem “abrangência nacional” para ter amparo do PNC.

Essa decisão seguirá parâmetros objetivos e subjetivos, disse uma fonte do governo. Entre os critérios objetivos estão a possibilidade de o óleo chegar à costa e à biodiversidade da região.

Para ambientalistas, plano é fundamental

Se o vazamento for enquadrado nessa categoria de “abrangência nacional”, entrará em vigor um rol de procedimentos a serem adotados por diversos órgãos. Para ambientalistas, o PNC é fundamental para minimizar catástrofes e até evitar a extinção de espécies marítimas.

O decreto que cria o PNC deverá ser publicado com outro decreto, que renova as normas do Plano de Recuperação de Área Degradada. Este último reúne medidas a serem adotadas por diferentes empresas da mesma bacia de exploração, em caso de acidentes de médio porte. Apesar de o plano de área já existir em norma, não é adotado na prática, segundo o governo.

O que funciona hoje é só o Plano de Emergência Individual de cada unidade de exploração, que a empresa tem de seguir em casos de vazamentos menores, como os mais recentes da Petrobras.

O governo também quer monitorar vazamentos no mar por satélite. Hoje, quem deve avisar à Marinha é a empresa responsável pelo incidente. A Petrobras, na prática, auxilia o governo nesse papel — foi a estatal a primeira a indicar, no dia seguinte ao ocorrido, o vazamento da Chevron —, e a Marinha faz uma patrulha entendida como insuficiente. O governo avalia que o custo de um sistema de monitoramento é relativamente pequeno frente a seu benefício ambiental.

A Coppe/UFRJ colocou à disposição do governo um sistema de monitoramento e prevenção de acidentes no mar nas últimas semanas. O decreto que criará o PNC deve conter a previsão de que o governo faça esse rastreamento e setores do Executivo estão inclinados a aceitar o apoio da Coppe.

Por esse sistema, o governo identificaria também “manchas órfãs”, aquelas que nenhuma empresa se diz responsável ou que podem ser deixadas no mar por navios.





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TST decide que empresa pode consultar SPC antes de contratar


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RIO - Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu o direito de consultar o SPC antes de contratar seus funcionários. A rede de lojas G. Barbosa Comercial Ltda, de Aracaju, no Sergipe, conseguiu evitar sua condenação por prática discriminatória e dano moral coletivo. A rede alegou que utilizar consulta a serviços de proteção ao crédito e a órgãos policiais e do Poder Judiciário no processo de contratação de empregados não é fator de discriminação, e sim critério de seleção de pessoal que leva em conta a conduta individual.

Com isso, a Segunda Turma do TST rejeitou o apelo do Ministério Público do Trabalho da 20ª Região (SE), que queria impedir a empresa de realizar pesquisa no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), na Centralização dos Serviços dos Bancos (Serasa) e em órgãos policiais e do Poder Judiciário com a finalidade de negar a contratação de empregados com pendências. O Ministério Público do Trabalho alegou no recurso ao Tribunal Superior do Trabalho que a decisão regional violou a Constituição da República e Lei, sustentando que a conduta da empresa seria discriminatória.

O caso teve início em novembro de 2002, quando uma denúncia anônima informava que a empresa adotava a prática discriminatória de não contratar pessoas que, mesmo satisfazendo os requisitos para admissão, tivessem alguma pendência no SPC. Um inquérito foi aberto e, na audiência, a empresa se recusou a assinar Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) para se abster de fazer a pesquisa, o que levou o MPT a ajuizar a ação civil pública. Na ocasião, a empresa foi condenada, na primeira instância, à obrigação de não fazer a pesquisa, sob pena de multa de R$ 10 mil por cada consulta realizada e, ainda, a pagar indenização de R$ 200 mil por dano moral coletivo.

A empregadora recorreu e alegou que o critério utilizado leva em consideração a conduta do indivíduo e se justifica pela natureza do cargo a ser ocupado, não se caracterizando discriminação de cunho pessoal, que é vedada pela lei.


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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Petróleo, um mar de oportunidades


 Fonte Jornal O Globo

Setor deve gerar 200 mil empregos no país, do nível técnico ao superior, nos próximos cinco anos
RIO - O cenário é um dos mais promissores. E não é para menos. A reboque do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e da exploração do pré-sal, os investimentos empetróleo e gás fazem do setor um próspero mar de oportunidades. Literalmente. A expectativa, segundo o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), é de criação, em cinco anos, de mais de 200 mil empregos diretos e indiretos relacionados ao petróleo. E o melhor, em todos os níveis: médio, técnico e superior.
— As possibilidades de trabalho são muitas e dependem da formação profissional. Mas há oportunidades nos mais diferentes segmentos, do desenvolvimento de campos de prospecção ao refino. E não para por aí. A cada dia surge uma demanda em particular: hoje, por exemplo, o mercado já busca pessoal capacitado na gestão ambiental empetróleo e gás — diz Bernardo Moreira, sócio da área de petróleo e gás da KPMG no Brasil.
No nível técnico, inglês se tornou imprescindível

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Acidentes no Mar - Como evitar?



Curso de Salvatagem - Será que é tão importante assim?
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