sábado, 29 de outubro de 2011

Travessão de Campos agora tem cursos técnicos.






Acaba de chegar a travessão uma empresa de grande porte no seguimento de qualificação técnica, as oportunidades de empregos estão surgindo e a empresa Rio Petro está sempre próximo de você para lhe preparar em direção ao mercado de trabalho.


Ingresse nesta você também , seja um profissional do futuro , seja Rio Petro .

Bacia do Paraíba do Sul vai receber R$ 23,5 milhões em investimentos



Ururau

Estão previstas ações estruturais e estruturantes como reflorestamentos
O Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) aprovou, quatro propostas de ações estruturais referentes ao Edital CEIVAP 2010/2011- nº 2, que disponibilizou recursos da cobrança pelo uso da água. Com mais essa aprovação, somando os dois editais lançados em 2011, o total de investimentos para a bacia foi de R$ 23,5 milhões.
A 2ª Reunião Ordinária foi realizada após a abertura do 3º Seminário do Setor Elétrico na Bacia do Rio Paraíba do Sul (SERPASUL), que aconteceu nos dias 20 e 21 de outubro no Parque Tecnológico, em São José dos Campos/SP. Seguindo a pauta, a diretoria do Comitê, formada por Edson Giriboni (Presidente), Marília Melo (Vice-Presidente) e Alexandre Silveira (Secretário), formalizou a assinatura do Termo de Compromisso do CEIVAP com os tomadores de recursos que tiveram suas propostas hierarquizadas no Edital 2010/2011 – nº 1.
Nesse edital, o total de recursos comprometidos foi de R$ 22.236.700,61, sendo R$ 8.874.841,37 para ações estruturantes e R$ 13.361.859,24 para ações estruturais.
As ações estruturais são as obras e serviços de engenharia que visam à correção de problemas relativos à qualidade e quantidade das águas dos rios, inclusive reflorestamentos. As ações estruturantes são programas e projetos de educação ambiental; capacitação; mobilização e comunicação social; e estudos, planos e outros projetos e programas.
Nesse primeiro processo, foram aprovadas oito ações estruturais, sendo seis propostas para Minas Gerais, uma para São Paulo e uma para o Rio de Janeiro. Já as ações estruturantes foram 30: duas ações que abrangem toda a bacia hidrográfica, 16 para Minas Gerais, sete para São Paulo e cinco para o Rio de Janeiro.
Participaram da assinatura do Termo de Compromisso as seguintes instituições: Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora (MG), Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá (SP), Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (FUNCAB), Prefeitura Municipal de Juiz de Fora (MG), Prefeitura Municipal de Rio Novo (MG), Prefeitura Municipal de Simão Pereira (MG), Vale Verde Associação de Defesa do Meio Ambiente (SP), Fundação Christiano Rosa (SP), Departamento Municipal de Saneamento Urbano de Muriaé (MG) e Consórcio Intermunicipal para Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Muriaé (MG).
Com relação ao Edital nº 2, que contou com recursos remanescentes do primeiro, os membros do Comitê seguiram a orientação da Câmara Técnica e aprovaram as quatro ações estruturais, com investimentos de R$ 1.286.961,44. Foram hierarquizadas uma proposta do Rio de Janeiro e três propostas de Minas Gerais: Prefeitura de São José de Ubá (RJ) – construção de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Lagoa, investimento: R$ 1.009.041,11; Prefeitura de Rio Preto (MG) – ampliação e reforma de Usina de Triagem e Compostagem (UTC).

Pesquisa aponta aumento no interesse por cursos profissionalizantes



Reprodução
Em Campos a maior procura está entre os jovens entre 16 e 24 anos
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Precisão em Campos, entre os dias 14 e 17 de setembro deste ano, aponta que aumentou o interesse da população por cursos de capacitação profissional nos últimos 12 meses.
A população do município vê a profissionalização como um importante instrumento para o ingresso ou permanência no mercado de trabalho.
A cada mil entrevistados, 50% afirmaram estar trabalhando e 12% ainda estão em busca de uma oportunidade de emprego. Na soma desses percentuais, 14% do total recorreram a cursos profissionalizantes nos últimos 12 meses.
De acordo com a pesquisa no período de dois anos entre 2008 e 2010, o índice é de apenas 11%.
Dos que buscaram capacitação profissional, a maior procura está entre os jovens entre 16 e 24 anos. Entre eles, 21% afirmaram ter se qualificado entre 2010 e 2011. Em seguida, vêm pessoas na faixa etária entre 25 e 34 anos, com procura equivalente a 20%.
Dos entrevistados com idade entre 35 e 44 anos, o interesse por capacitação acontece de forma gradativa. Entre 2008 e 2009, o índice foi de 4%, subindo para 7% de 2009 a 2010. Nos últimos 12 meses o percentual chega 13%. Na faixa etária entre 45 e 59 anos, a pesquisa mostra índice de procura de 12% entre 2010 e 2011.
Outro dado que chama a atenção são as pessoas com grau de escolaridade do primário ao curso superior, o índice de 12% de desemprego no município.
Na cidade de Campos e subdistritos os dados apontam para uma taxa de desemprego de 12%. Já nos distritos, incluindo as regiões Norte, Sul e Leste, o percentual cai para 8%.
Vale ressaltar que a taxa de desemprego média no Brasil registrada em setembro de 2011 foi de 6%.

Falta 'pedreiro especializado' e empresas demoram até 60 dias para contratar


Reproduçlão sem fins lucrativos.

Publicada em 28/10/2011 às 09h08m

João Sorima Neto (joao.sorima@sp.oglobo.com.br)




Comentários.

SÃO PAULO - Francisco Carlos do Nascimento, de 37 anos, sempre trabalhou em supermercados como repositor de mercadorias, conferente e atendendo ao público. Ficou desempregado e agora quer se tornar pintor profissional. Ele é um dos alunos do curso de pintura de paredes na unidade do Senai, no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. A unidade é especializada em formar profissionais da construção civil. Com o 'boom' do setor, é uma das mais requisitadas por quem quer receber treinamento neste setor. Hoje são 800 alunos matriculados.
LEIA MAIS: Demanda de mão de obra especializada abre chance de capacitar 20 milhões de pessoas

- Temos 67 cursos, de pedreiro assentador até pedreiro revestidor, de eletricista a mestre-de-obras - diz Luiz Roberto Gasparetto, diz o coordenador técnico da escola.
Francisco Carlos diz que não se interessava pela construção civil.
- Achava que era só serviço pesado e não tenho físico para isso - diz ele.
Mas viu que a construção civil está 'caçando' profissionais e decidiu arriscar. Gostou tanto que já se prepara para fazer também o curso de eletricista e ingressar no setor com duas qualificações.
- Dos nossos alunos, entre 90% e 100% ingressam no mercado de trabalho - diz Celso Taborda, gerente do Senai em São Paulo.

Segundo Haruo Ishikawa, vice-presidente de relações Capital e trabalho do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscom/SP) hoje as empresas de construção civil demoram até 60 dias para contratar pedreiros especializados em revestimento de fachadas.
- Há fila de espera para contratar pessoal qualificado. Hoje, as empresas estão treinando gente nos próprios canteiros de obras, inclusive o Senai - diz Ishikawa.
A disputa por pedreiros já provocou cenas insólitas em São Paulo. Construtoras chegaram a ir a canteiros de obras de concorrentes para 'roubar' pedreiros, por um salário maior.
O movimento neste setor, que era majoritariamente masculino, está atraindo inclusive a presença feminina. No Senai de São paulo, 30% dos alunos são mulheres.
- Fazia decorações de festas. Já fiz o curso de pintura decorativa e agora estou fazendo o de pintura em paredes - diz Debora dos Santos Correia, de 46 anos.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/10/28/falta-pedreiro-especializado-empresas-demoram-ate-60-dias-para-contratar-925678966.asp#ixzz1cB7hMwFL

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Demanda de mão de obra especializada abre chance de capacitar 20 milhões de pessoas

Reprodução sem fins lucrativos.


Publicada em 28/10/2011 às 08h59m

João Sorima Neto (joao.sorima@sp.oglobo.com.br)
.SÃO PAULO - Com a economia em crescimento e a falta de mão de obra especializada, o Brasil começa a assistir a uma corrida pelo treinamento de pessoas. Movimento que acontece dentro das empresas, mas também nas associações e sindicatos de trabalhadores de setores como construção civil, petróleo e gás, indústria de transformação e até no varejo. É gente que está sendo treinada para tarefas que dispensam um elevado grau de instrução. São padeiros, açougueiros, soldadores, camareiras, garçons, ceramistas, pedreiros, azulejistas, operários para linhas de produção de automóveis. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), calcula que o país tem 20 milhões de pessoas a serem treinadas para estas funções.
São brasileiros que terminaram o ensino fundamental, mas não seguiram adiante para o ensino médio e universitário. Pararam de estudar e ingressaram no mercado de trabalho em funções mais simples, como contínuo ou empacotador de supermercado.
O problema é que sobram vagas e falta gente justamente na camada intermediária, de vagas para profissionais que não têm um diploma de faculdade, mas precisam conhecer bem o ofício para conseguir atender o mercado.
- Ao receber melhor qualificação, esse grupo de brasileiros poderá evitar que o país perca competitividade e mantenha o crescimento de 4,5% nos próximos anos. Sem melhorar a qualificação desta mão-de-obra dificilmente a economia vai crescer nesse ritmo - diz o pesquisador Divonzir Gusso, do Ipea, especialista em mercado de trabalho. Na busca pela qualificação, as empresas agora estão 'encomendando' os profissionais que precisam a escolas e instituições de cursos profissionalizantes. Em Piracicaba, cidade a 168 quilômetros de São Paulo, a coreana Hyundai já começou a construir sua nova fábrica de carros no país. O Senai, uma das instituições que mais treina gente no Brasil, montou na cidade um curso que está qualificando jovens para a linha de montagem.
O treinamento foi criado na cidade exatamente para atender à unidade da Hyundai, que vai gerar 6 mil empregos quando estiver a pleno vapor. Em Rio Claro, a 174 quilômetros da capital paulista, estão instaladas 38 empresas do setor de cerâmica. É o maior polo cerâmico da América Latina, que se ressente de trabalhadores especializados. Há duas semanas, o Senai abriu na cidade uma unidade para capacitar pessoas para o setor.
- Os cursos estão sendo criados de acordo com a necessidade das empresas - explica Celso Taborda, gerente do Senai em São Paulo.
Em Minas Gerais, o presidente do Sindicato da Indústria da Panificação calcula que haja 30 mil vagas em aberto para padeiros, pizzaiolos, salgadeiros. Há parcerias com o Senai e com a prefeitura de Belo Horizonte para treinar pessoas para ocupar essas vagas. Nas cidades da região do Triângulo Mineiro há 150 vagas de açougueiro a serem preenchidas. A Associação de Supermercados do Triângulo Mineiro recorreu ao Instituto Federal do Triângulo Mineiro para treinar gente interessada nessas vagas. O salário tanto para padeiros quanto para açougueiros varia entre R$ 800 e R$ 1,2 mil.
As empresas que não fazem parcerias, estão criando seus próprios cursos. A rede de supermercados Walmart criou uma Escola Social do Varejo, que funciona no Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas. As aulas são para formar padeiros, açougueiros, peixeiros, hortifrutigranjeiros. No ano passado, passaram pelo treinamento mil alunos. Este ano, serão 1.700 jovens treinados. A escola é um projeto social que ajuda a melhorar a renda em comunidades do país, mas surgiu a partir da constatação que havia falta desses profissionais no mercado.
- Nossa meta é inserir no mercado de trabalho 80% dos alunos, não necessariamente no Walmart - diz Paulo Mindlin, diretor do Instituto Walmart.
Assim como o Walmart, nos últimos anos, pelo menos 150 empresas criaram universidades e escolas corporativas no Brasil, segundo um estudo da pesquisadora Marisa Eboli, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. Entre elas, a Petrobras, que treina todos os dias pelo menos mil pessoas nas unidades do Rio deJaneiro e Salvador, na Bahia. A universidade Petrobras tem cinco escolas:e no ano passado foram oferecidos 2.500 cursos técnicos para os funcionários. Como até 2015, existe a previsão de contratar 14 mil empregados, as aulas de cursos como manutenção, inspetor de equipamentos, mecânica devem continuar lotadas. Segundo a Petrobras, há dificuldade em treinar gente em uma função específica: montador de andaimes. A razão, talvez, seja o medo de altura, diz a empresa.
Nessa faixa de trabalhadores qualificação profissional significa um aumento que pode ir de 50% a 100% no salário, avaliam os sindicatos. No caso da construção civil, um setor que cresceu 80% nos últimos quatro anos e mais demandou mão-de-obra há casos de aumento entre 70% e 100% no salário para atividades como instalador hidráulico, assentador de azulejos, carpinteiro. O Sinduscom (Sindicato da Construção de São Paulo) confirma os números. Hoje, com o boom do setor, dificilmente um pedreiro ganha o piso da categoria, de R$ 1.086,00. Um assentador de azulejos chega a ganhar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil ao mês. Um carpinteiro, que atua no mesmo setor, ganha R$ 2,2 mil.
- Só para se ter uma comparação, no passado, quando a economia do país estava estagnada, um engenheiro civil recém-formado, ganhava um salário de entrada no mercado de R$ 1,2 mil - diz o pesquisador Divonzir Gusso, do Ipea.

Exigências de peritos podem atrasar produção da primeira plataforma de Eike


Reprodução sem fins lucrativos.
Fonte folha da manhã

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou irregularidades no OSX-1, primeiro navio-plataforma da OSX, braço naval do conglomerado de Eike Batista. Construída em Cingapura, a unidade afretada pela OGX, petroleira do grupo, chegou ao Porto do Rio no dia 6 e tem seu início de produção na Bacia de Campos previsto até dezembro. A plataforma, no entanto, não poderá operar até sanar as falhas de segurança e saúde do trabalho apontadas em inspeção prévia realizada na última quinta-feira por uma equipe de auditores e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Entre os problemas listados estão instalações elétricas e andaimes inadequados, equipamentos de proteção individual (EPI) sem certificado, falta de segurança em espaços confinados, falhas no sistema de combate a incêndio e gás e falta de treinamento para operação da caldeira.
Segundo a procuradora do Trabalho Flávia Veiga Bauler, que acompanhou a fiscalização, os ajustes são essenciais para garantir a integridade dos 80 trabalhadores que vão tripular a plataforma. No início de novembro, o MPT convocará uma audiência com representantes da OSX para propor a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A ideia é criar compromissos relativos à segurança permanente do equipamento.
Procurada, a OSX, em nota, informou que o OSX-1 está em fase final de testes no Rio, onde passa por inspeções de diversos órgãos públicos. Segundo a empresa, as exigências do Ministério do Trabalho estão previstas no cronograma que atenderá plenamente as condições legais de segurança e de saúde de sua tripulação.
Primeira de 48 plataformas a serem contratadas pela OGX até 2019, a OSX-1 custou US$ 610 milhões. Com capacidade de armazenamento de até 900 mil barris e de produção de até 60 mil barris de óleo diários, ela atuará no campo de Waimea, no bloco BM-C-41 da Bacia de Campos, por 20 anos. A carteira de encomendas da OGX à OSX, do mesmo grupo, já supera os US$ 4,8 bilhões.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vaga – Nutricionista Offshore


Empresa de Hotelaria Marítima contrata: 
Nutricionista Offshore
REQUISITOS:
Ensino Superior Completo Nutrição, CRN ativo e experiência de 2 anos na função comprovados em CTPS.
Curso de Salvatagem.
 REMUNERAÇÃO: Salário + Benefícios
 Os interessados deverão encaminhar o currículo para o e-mail:

Colocar Função : Nutricionista Offshor

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Eikelândia, a obra mais arrojada de Eike Batista

No litoral fluminense, bilionário constrói porto e quer atrair empresas de aço, cimento, carro, produtos Apple, além da cidade .
A ponte mede quase três quilômetros de comprimento. Nasce em solo arenoso e avança sobre o mar adentro. Está montada sobre 662 estacas fincadas no fundo da água que se enfileiradas teriam a distância de 38 quilômetros. Sua estrutura tem a largura de 27,5 metros, que permitirão não só a passagem de uma gigantesca correia de transporte de minério de ferro como também a circulação de caminhões pesados.
Na ponta da ponte em alto-mar, a temperatura supera os 30 graus. O forte vento reduz a sensação térmica, mas deixa o mar agitado. As primeiras pedras lançadas para a construção do quebra-mar já começam a aparecer na superfície e vão proteger os navios que chegarão no futuro porto que está sendo construído. Ao todo, serão lançados 1,8 milhão de metros cúbicos de blocos de pedras no mar, o equivalente ao morro do Pão de Açúcar.
Quando estiver pronto, o porto acomodará dez berços de atracação. O calado natural de 15 a 18 metros já seria suficiente para navios Panamax, nas medidas que cruzam o canal do Panamá. Mas as obras de dragagem vão aumentar a profundidade para 25 metros, o que inclui a nova geração de meganavios Chinamax, com capacidade carga de mais de 350 mil toneladas de minério, que hoje chegam apenas a poucos portos existentes no mundo.
A obra Superporto do Açu começou no fim de 2007. Até sua conclusão, prevista para 2012, receberá investimentos de R$ 4,5 bilhões. Mas o porto e a estrutura para o transporte do minério serão uma migalha se comparados a todos os projetos sonhados pelo empresário para a região.
Se o plano idealizado por Eike Batista se materializar, os investimentos - um complexo industrial integrado às atividades portuárias além de um megaempreendimento residencial para acomodar dezenas de milhares de pessoas - vão transformar São João da Barra, município com 32 mil habitantes do litoral norte fluminense, numa verdadeira “Eikelândia”.
O Superporto do Açu é o cartão-postal mais vistoso dos empreendimentos do oitavo homem mais rico do mundo, segundo ranking da revista “Forbes” divulgado em março de 2010. Quase todas as empresas do grupo EBX, o conglomerado empresarial criado pelo multibilionário, composto por uma sopa de siglas todas com a palavra “xis”, têm planos de investimentos no complexo, que fica a pouco mais do que três horas de carro da cidade do Rio de Janeiro.
A empresa de logística LLX responde pelas atividades portuárias; a de energia MPX planeja construir duas usinas térmicas, uma movida a carvão importado (2.100 MW) e outra a gás (3.330 MW), similar à oferta de energia firme de Itaipu; a empresa de construção naval OSX prevê instalar seu estaleiro. A OGX é outra potencial candidata a ter uma base local: a empresa de petróleo e gás tem direitos na exploração de blocos na bacia de Campos, a menos de 300 quilômetros da costa.
O grupo empresarial de Eike Batista já teve mais coisa na área do complexo do Superporto do Açu, mas vendeu. A MMX, empresa de mineração de Eike, tinha montado um sistema que incluía a exploração de uma mina em Minas Gerais, o mineroduto de 500 quilômetros para o carregamento da matéria-prima até Açu, onde será beneficiado e transportado pelo porto ao exterior. Mas juntamente com outro projeto no Amapá, Eike Batista vendeu o negócio por US$ 5,5 bilhões para a Anglo American, uma das maiores do setor no mundo. A mineradora Anglo continua com as obras no complexo, e o prazo de conclusão é o mesmo ano quando houver a finalização do porto.
Além dos negócios próprios, o plano para a Eikelândia contempla a instalação de outros grandes empreendimentos. Numa área de 90 quilômetros quadrados, equivalente a cidade de Vitória (ES), o bilionário brasileiro pretende atrair duas siderúrgicas – uma já assinou contrato com os chineses da Wisco, uma das três principais produtoras de aço do país asiático.
A outra foi fechada com os ítalo-argentinos da Ternium-Techint, um dos maiores fabricantes de aço da América Latina. Cada uma das siderúrgicas terá fábricas de cimento como vizinha - a Votorantim e a Camargo Corrêa, as duas maiores empresas brasileiras do setor, já assinaram acordos de intenção de investimento com as empresas de Eike.
O empresário já indicou seu interesse em atrair uma montadora de carros. Toyota? Suzuki? Essas são as marcas especuladas pelos moradores da região. Carro chinês? Carro elétrico? O Nano? O nome não é revelado pelo empresário em suas entrevistas ou mensagens pelo Twitter. Pouco se sabe sobre boa parte dos 60 memorandos de entendimentos assinados pelas empresas de Eike, que não abre as informações alegando por questões de confidencialidade.
Para completar o conjunto de projetos, indignado pelo fato de o consumidor brasileiro pagar mais do que o dobro para ter acesso um iPad, o bilionário empresário disse que gostaria de atrair uma fabricante de produtos da Apple para sua “Eikelândia”. O investimento total é estimado em US$ 36 bilhões.

Equipamentos pesados

Guindastes gigantescos, caminhões pesados novíssimos, estradas de acesso recém-asfaltadas. Aos poucos, a paisagem está sendo drasticamente redefinida pelas novas construções. Os canteiros de obras ocupam espaço em fazendas dedicadas antes à pastagem.
Moradores do município contemplam a obra como se estivessem em um grandioso parque de diversões, vendo a Disneylândia pela primeira vez. A LLX, a empresa responsável pelo porto, mantém um programa de recepção local e registra mais de 2 mil visitas anuais, o que dá quase 10% da população.

A entrada é monitadora por segurança privada. Depois de percorrer uma estrada de terra, cercada por uma vegetação rasteira, passa-se um heliponto até chegar à recepção, uma construção ao melhor estilo das mansões de praia: ampla, com pé direito alto e iluminação natural.

Um gramado que cerca a construção e é servido por um sistema de irrigação torna o ambiente um oásis no meio do solo pouco fértil desta região conhecida como Açu, que fica no 5º Distrito, no parte sul do município de São João da Barra. No ambiente com ar condicionado, que contrasta com o calor abafado do lado de fora, o painel exposto na parede impressiona pela quantidade de construções do complexo porto-indústria.

À frente dele, uma maquete, recentemente desatualizada pela decisão de erguer o estaleiro ali, que era disputado também por Santa Catarina. A construção tem ainda uma sala de cinema para pelo menos 50 pessoas, onde é projetado um filme os negócios do empresário, amplos banheiros, escritório e um pequeno alojamento. As pessoas que trabalham ali são simpáticas e atenciosas e exigem o cuidado com as normas de segurança numa obra desta magnitude.

Um vídeo com a imagem aérea da ponte dá a dimensão exata da grandiosidade. A ponte de três quilômetros do porto já atraiu a atenção de jornalistas do mundo inteiro. A rede de TV CNN sobrevoou a estrutura do porto de helicóptero. O jornal “Washington Post” esteve aqui chamando a atenção de que o empreendimento está saindo do chão por conta do interesse chinês em obter recursos naturais – minério de ferro é o principal deles.

Superporto do Açu: Metade da mão de obra contratada para as obras vem da região; Quando os projetos estiverem prontos, promessa é gerar 50 mil postos de trabalho

Na maioria das apresentações realizadas para investidores, a ponte é mostrada como o caminho para o

desenvolvimento de uma região, que deve gerar 50 mil empregos diretos quando tudo estiver pronto, segundo números divulgados pela empresa.
No estágio atual da obra, trabalham cerca de 2,5 mil pessoas, das quais mais da metade da região, principalmente nas funções mais básicas. Engenheiros e técnicos mais especializados foram “importados” e ocupam boa parte das pousadas da região.

As projeções divulgadas pela prefeitura indicam que a população de São João da Barra irá crescer dos atuais 32 mil para cerca de 250 mil pessoas em um prazo de até 15 anos. A prefeitura lançou um plano de obras de infraestrutura, com investimentos de R$ 80 milhões para os próximos anos, que inclui redes de água e esgoto.

Seis postos de saúde, cinco creches, duas novas escolas foram construídos. Abriram-se vagas para o ensino técnico voltado, por exemplo, para operadores logísticos e metal-mecânico. Além disso, 180 alunos estão tendo aulas de mandarim para comunicar-se com os chineses que vão trabalhar numa das duas siderúrgicas esperadas no complexo industrial.

Não à subhabitações

Para atender a demanda, a prefeitura calcula a construção de 84 mil novas unidades habitacionais. “Estamos nos preparando para atender esse forte crescimento e desenvolver o pessoal que aqui está”, diz a prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB). Mas ela adverte que não quer que o município acomode bolsões de pobreza, com o surgimento de favelas. “Quem vier para cá e se estabelecer em barracos será retirado”, afirma.

Para acomodar o crescimento populacional, o grupo EBX decidiu criar, do zero, a “cidade X”, uma área anexa ao complexo porto-indústria. O empreendimento tem meta de atender 250 mil pessoas, embora a prefeitura avalie que não será para mais do que 150 mil habitantes. Será desenvolvido pela REX, a empresa imobiliária da Eike.

Para tanto, o empresário convidou o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, para criar uma cidade modelo. “A ideia é garantir habitação com infraestrutura, de modo que o crescimento urbano seja planejado e ecologicamente sustentado”, explica a empresa. Uma das propostas em estudo é o uso de bicicletas e de carros elétricos. “Não queremos também que a cidade X seja um condomínio fechado”, diz a prefeita. “Não é possível ter um município fragmentado.”

Bebida milagrosa

Por anos, São João da Barra viveu de atividades pesqueira, pecuária e agrícola, como a cana de açúcar - até a falência das usinas existentes na vizinha Campos de Goytacazes. Tornou-se durante os anos 1970 e 1980 nacionalmente conhecida por causa da propaganda de um conhaque de alcatrão, fabricado pelo grupo Thoquino, conhecido como “o conhaque do milagre”, capaz de curar os males dos enfermos por artrite.

“Era a maior empresa de destilados do Brasil, até a entrada das companhias estrangeiras”, diz Victor Aquino, secretário de Planejamento de São João da Barra e um dos mais de 100 herdeiros do grupo de bebidas. “Fazia muito sucesso. Chegou ao “Guiness Book”, o Livro dos Recordes, como o conhaque mais vendido no mundo em número de doses”, orgulha-se Aquino, que, em seguida, faz a ressalva: “conhaque bom mesmo é vendido em garrafa”.

Atualmente, o município vive da atividade de turismo, com a vinda de hordas de mineiros para as praias de Atafona e Grussaí - curiosamente, o maior hotel do município, com 600 quartos, é o Sesc, de Minas Gerais, cuja cidade mais próxima fica a cerca de 200 quilômetros.

Mas o que mais gera receita e mantém a cidade é a receita oriunda dos royalties do petróleo retirado do campo de Roncador, um dos maiores da Petrobras, na bacia de Campos. As transferências de recursos garantem cerca de R$ 200 milhões do orçamento anual de R$ 250 milhões a ser realizado em 2010.

Arrecadação em crescimento

A prefeitura já nota aumento na arrecadação com o ISS, o imposto sobre serviços, por conta das transformações geradas pelo Porto de Açu. Em 2007, a receita com ISS foi de R$ 1,6 milhão, valor que chegou a R$ 8 milhões no ano passado. “Apenas o estaleiro do Eike vai gerar mais R$ 35 milhões em recursos próprios ao município”, diz Aquino, confiante de que o empreendimento dará à cidade de São João da Barra independência financeira. A prefeitura já prepara uma atualização do mapa de georeferenciamento para fixas novas cobranças de IPTU e ISS.

Victor Aquino, secretário de Planejamento de São João da Barra: "novo" Eldorado

Aquino diz que São João da Barra vive uma fase de “novo Eldorado” brasileiro. Ele nasceu em Campos, nunca trabalhou na fábrica da família e mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro há três décadas para estudar e trabalhar como arquiteto.

Conheceu Eike Batista quando o empresário fez um investimento na área de saúde e convidou o arquiteto para fazer um projeto de consultórios hospitalares. Há três anos, fascinado com o Superporto do Açu, Aquino decidiu voltar à região de São João da Barra e ajudar a implantar o empreendimento de Eike.

“Sou uma espécie de Severino, ajudando a destravar tudo”, brinca. “Aqui as oportunidades existem. Quem for um bom profissional se dará bem”, diz. Quando sair da prefeitura, ele mesmo espera colher essas oportunidades com seu negócio na área de arquitetura “Espero ganhar muito dinheiro no futuro, obviamente não serei um bilionário como o Eike”, diz.

O primeiro shopping da cidade começa a sair da maquete. A SuperBom, uma rede de supermercados de Campos, acena com a abertura de uma filial na cidade vizinha. A cidade tem duas agências bancárias, uma do Banco do Brasil e outra do Itaú. A Caixa Econômica Federal deve abrir uma filial, assim como se espera o mesmo do Bradesco e Santander.

Determinadas cidades nascem da junção de pessoas com empresas que buscam explorar seus recursos naturais. A mineira Ipatinga era uma cidade de 3 mil pessoas que cresceu à sombra da siderúrgica Usiminas. A cidade fluminense de Volta Redonda nasceu com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). As duas cidades são consideradas exemplos do desenvolvimento industrial brasileiro.

Mas há casos de tremendo fiasco. Henry Ford, o empresário que revolucionou a indústria automobilística, criou uma cidade do zero no meio da floresta Amazônica para extrair das seringueiras o látex utilizado na fabricação de pneus aos carros que vendia nos Estados Unidos. A “Fordlândia” durou pouco mais de 15 anos e virou uma cidade abandonada perto de Santarém, no Pará. Delírio ou não da mente dos empreendedores, o tempo vai dizer se Eike Batista concretizará os projetos empresariais, transformando São João da Barra na sua “Eikelândia”.




sábado, 1 de outubro de 2011

Recorde de público na formatura do Projeto o Grande Aprendiz

Os alunos do terceiro grupo do projeto O Grande Aprendiz receberam seus certificados depois de seis meses de curso .
Desta vez tivemos um grupo grande de formandos e com mais de 25% dos alunos contratados no seguimento de hotelaria offshore.
Contamos nesta formatura com a presença do Bruno Pereira de Oliveira representante da maior hotelaria do mundo( Sodexo /Puras ) e com o Gerente de Operações offshore Fábio Claes da empresa Coan .
Logo pela manhã tivemos o apoio do também gerente de Operações offshore Gerivaldo Teles da empresa Cis Brasil que concedeu uma entrevista a rádio São Francisco Fm .
Segundo todos os representantes das hotelarias, o mercado está precisando muito de colaboradores qualificados e o Projeto está de parabéns.