As dicas para quem vai fazer a prova da Transpetro
RIO - A Transpetro abriu nesta terça-feira o prazo de inscrições de um novo processo seletivo, desta vez para a admissão imediata de 206 profissionais, sendo 136 de nível técnico e 70 de nível superior. A empresa está com outras duas seleções abertas: uma para 386 suboficiais e guarnição da Marinha Mercante nos navios da sua frota e outra para 342 vagas para 2º oficial de náutica e 2º oficial de máquinas, para início imediato.
Os aprovados neste novo concurso vão atuar na sede da companhia, no Rio de Janeiro, ou em terminais localizados em vários estados do país. A remuneração mínima varia de R$ 2.114,66 a R$ 2.548,17 para os cargos de nível técnico e de R$ 5.620,99 a R$ 6.056,30 para os de nível superior. Os interessados têm até o dia 22 deste mês para fazer sua inscrição pelo site da Fundação Cesgranrio . O valor da taxa de participação é de R$ 36 para os cargos de nível técnico e de R$ 50 para os de nível superior.
De acordo com Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso, este edital tem características próprias: não há prova discursiva nem redação. E, nas disciplinas de conhecimentos básicos, o candidato só precisa atingir 50% dos pontos da prova. Ainda de acordo com o professor, embora o desempenho nesta prova possa eliminar o candidato, não é usado na contagem de pontos para a classificação - nem na seleção de nível técnico, com as provas de português e matemática, nem na de nível superior, com português e inglês, servindo apenas como quarto critério de desempate.
- O candidato deve estudar essas disciplinas e medir seu desempenho resolvendo provas anteriores, tanto da Transpetro quanto de outros concursos da Cesgranrio, que é uma banca bastante produtiva. Mas o segredo dessa seleção é estudar os conhecimentos básicos na medida certa e reservar todo o resto do tempo para se dedicar aos conhecimentos específicos de cada cargo - diz o professor.
Segundo Estrella, o exame de conhecimentos específicos é bem mais rígido: o candidato será desclassificado do concurso se não acertar 60% da prova. Será a sua pontuação nessa prova que determinará a classificação do candidato. Em resumo: o candidato deve acertar o suficiente nos conhecimentos básicos e o máximo possível nos conhecimentos específicos.
- Como em toda a preparação para concursos, sejam públicos ou de vestibular, resolver questões de provas anteriores deve servir de balizador para todo o estudo e como medida para ajuste do desempenho.
No caso de nível técnico, são, ao todo, três blocos de prova, com 40 questões no total. Já a prova para o concurso de nível superior terá 70 questões. Cada uma valerá um ponto.
Para Monica Roberta, coordenadora do curso Reta de Chegada, para nível superior, espera-se uma prova bem puxada. Para a professora, com a igualdade dos pontos nas específicas, os candidatos terão que ter uma visão ampla do conteúdo:
- Não adianta querer garantir uma disciplina, tem que ser bom em tudo. E, o mais importante, equilíbrio é a palavra-chave, já que o candidato deverá estar atento para fazer toda a prova dentro do tempo, com o máximo de atenção.
Segundo Alexandre Lopes, professor e diretor pedagógico do Curso Maxx, o candidato precisa se preparar de forma abrangente e em médio prazo:
- Para quem vai fazer curso preparatório, turmas generalistas que apresentam multiplicidades de matérias são as mais indicadas, visto que os concursos públicos, a cada dia, apresentam mais disciplinas de conteúdo programático vasto, em caráter transdisciplinar, exigindo mais dos candidatos - afirma o professor.
Outra dica importante do professor é que todo candidato precisa ter meta:
-Ter foco é essencial, mas uma boa estratégia é fazer concursos de menor porte para atingir os objetivos maiores. Prova de concurso exige experiência; experiência só é adquirida participando de concursos.
Veja outras dicas dos especialistas:
- Otimizando os estudos - No caso dos cargos de nível superior, com base no edital, o candidato deve iniciar os estudos teóricos das disciplinas específicas e, ao fim de cada tópico fazer questões de provas anteriores, aprofundando os estudos nos assuntos de menor desempenho. Para os conhecimentos básicos, Estrella sugere que o candidato faça primeiro uma ou duas provas anteriores e meça o desempenho antes de iniciar os estudos teóricos, dedicando mais tempo de estudo nos assuntos que não tem domínio.
- Exercícios e mais exercícios- É hora de trabalhar os exercícios com base teórica e, se possível, fazer o máximo de aulões para ter um direcionamento. Procure conhecer o perfil da banca e da empresa que promove o concurso, aconselha Monica.
- A banca do concurso- A banca Cesgranrio é muito técnica e famosa pela inovação nas questões, afirma Monica. Já Estrella ressalta que as provas preparadas pela Cesgranrio demandam calma e concentração por conta dos longos enunciados em algumas questões, o que favorece a ocorrência das tradicionais pegadinhas. Mas, segundo ele, o grau de dificuldade das questões não assusta o candidato concentrado e calmo. O professor ressalta que é difícil identificar nessa banca preferências de conteúdo: as questões são bem distribuídas entre os itens do edital, o que obriga o candidato a estudar todo o conteúdo programático.
- Temas cobrados- Para esta prova, na parte de administração, a banca deve cobrar bastante Planejamento Estratégico e Recursos Humanos. Sendo assim, é preciso ter muito cuidado com a escolha dos livros e apostilas, porque, apesar de abrangente, o tema é muito específico e é fácil errar, diz Mônica. Quanto à engenharia de produção, a professora acredita que produção, projeto e finanças vão ser muito cobrados.
- Plano de estudo- É aconselhável elaborar um plano de estudo, agrupando por área de conhecimento e estudando, no mínimo, duas horas por dia (para quem trabalho, o tempo de estudo no fim de semana deve ser maior). Fazer resumos e mapas mentais com as principais matérias é outra dica valiosa.
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