Depois de apresentar o projeto para a construção da Siderúrgica da Ternium, em São João da Barra, na última sexta-feira, representantes da empresa ítalo-argentina estiveram em Campos, nesta terça. A prefeita Rosinha Garotinho recebeu, junto ao vice-prefeito Dr. Chicão, os integrantes da fabricante de aços e derivados que instalará sua primeira fábrica brasileira no Distrito Industrial de São João da Barra. Foram apresentadas propostas para a região, destacando futuras parcerias para a qualificação de trabalhadores. A expectativa da empresa é de que grande parte da mão de obra absorvida pelo empreendimento seja oriunda de Campos e que parte da produção seja escoada para indústrias campistas.
Integrando a Organização Techint, a siderúrgica vai gerar, em sua primeira etapa, mil empregos com um investimento de US$ 5 bilhões. A previsão é que entre em funcionamento em 2014 e que, em 10 anos, com a conclusão do empreendimento, num espaço de 1.389 hectares, sejam gerados seis mil empregos diretos e indiretos. As obras serão iniciadas no segundo semestre deste ano e serão realizadas em quatro etapas. Segundo o controler da Ternium, Sergio Putini, a prioridade é absorver a mão de obra local. “Nossa preocupação é com a comunidade. A Ternium vai gerar empregos e atrair outras empresas para a região, mas é preciso planejamento”, destacou Sergio.
A prefeita ressaltou as ações implementadas no município no que se refere à infra-estrutura, emprego e desenvolvimento. A prefeita ainda destacou a importância do comprometimento com a capacitação de funcionários pelas novas empresas atraídas pelo Superporto do Açu e o Complexo Logístico Farol-Barra do Furado, entre Campos e Quissamã. Segundo ela, apesar de Campos ser um pólo universitário, em que 30 mil dos estudantes não são de Campos, a maior demanda é de mão de obra técnica e é preciso que as empresas entendam a qualificação como responsabilidade social.
— O governo de Campos se preocupa muito em fazer a região e a cidade crescer, mas de forma organizada. Temos o exemplo da Petrobrás, que iria se instalar em Campos, mas que, por causa de forças políticas do passado, que temiam a competição de mão de obra com as usinas, não deixaram que ela se implantasse aqui. A Petrobras foi então para Macaé, um município que acabou recebendo muito profissional de fora, inclusive, muitos de Campos, e que cresceu de forma desordenada. Os profissionais hoje já não moram em Macaé, foram para o município vizinho de Rio das Ostras e a periferia macaense se empobreceu — disse Rosinha.
Ao encontro, estiveram presentes também o secretário interino de Desenvolvimento Econômico e Petróleo, Orlando Portugal; o secretário de Governo, Geraldo Pudim, a secretária municipal de Trabalho e Renda, Cecília Ribeiro Gomes, e o secretário municipal de Comunicação Social, Mauro Silva.
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