terça-feira, 27 de setembro de 2011

Petrobras retira 22 trabalhadores intoxicados de plataforma na bacia de Campos

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Publicada em 26/09/2011 às 17h49m
O Globo (economia@oglobo.com.br) RIO - A Petrobras retirou 22 trabalhadores (anteriormente a estatal tinha falado em 25 trabalhadores) que foram intoxicados na madrugada desta segunda-feira por causa da presença de dióxido de carbono na plataforma P-35, na bacia de Campos. Mais cedo, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense tinha divulgado a informação. O gás é utilizado para manter um selo inerte (sem oxigênio) nos tanques de armazenamento de petróleo da plataforma. Do total desembarcado, dez já receberam alta.
Segundo a estatal, a produção não foi interrompida. A plataforma tem uma produção de óleo de 55.719 mil barris por dia. A produção de gás é de 360.000 m3/d. Ao todo, conta com uma tripulação formada por 200 pessoas.
A companhia informou, em nota, que o alojamento foi imediatamente desocupado e as operações de transferência de petróleo da plataforma para um navio aliviador foram interrompidas após a identificação do problema. Sindicalistas acreditam que tenha havido intoxicação através do ar-condicionado, uma vez que ocorria na plataforma uma operação de offload, onde é usual o surgimento de gás inerte nos tanques.
Alguns trabalhadores que apresentaram náusea e dor de cabeça foram atendidos na enfermaria de bordo. Uma equipe médica de terra foi enviada para apoiar o atendimento na plataforma. A Petrobras designou uma comissão para apurar as causas do incidente.
Os trabalhadores foram retirados das acomodações e aguardam o fim do atendimento de emergência. Segundo o sindicato, a plataforma foi mantida operando, com trabalhadores utilizando máscara de oxigênio inclusive na sala de controle.
De acordo com o sindicato, a origem do problema ainda não foi esclarecida e nem o tipo de contaminação. No entanto, ocorria na plataforma uma operação de offload em que é normal o surgimento de gás inerte nos tanques.
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Para a direção do Sindicato dos Petroleiros, a interdição da P-35 por 60 dias, em 2010, não foi suficiente para acabar com os problemas. No ano passado, o coordenador geral do sindicato, José Maria Rangel, registrou em reunião com a Petrobras que a situação de P-35 é um exemplo da falta de políticas e de investimentos em segurança na Bacia de Campos. Os sindicalistas pedirão para participar da Comissão de Análise do Acidente.
"A insegurança está chegando a um ponto que nem dormindo os trabalhadores estão livres de sofrer um acidente", comentou o diretor de Comunicação do sindicato, Marcos Breda.


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