Geração de mais de 2 milhões de empregos em 10 anos no Brasil

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RIO - A efetiva capacitação da indústria nacional de materiais, equipamentos e serviços para atender à demanda da exploração e produção offshore (no mar) poderá gerar até dois milhões de novos empregos nos próximos 10 anos. Se contudo, não houver um maior esforço de todos os envolvidos, essa geração poderá cair para apenas 400 mil empregos no setor.

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Esses dados foram apresentados na manhã desta segunda-feira pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), através do estudo Agenda de Competitividade da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás Offshore no Brasil. O trabalho, segundo o presidente da Onip, Eloy Fernandes, tem o objetivo de ajudar a cadeia de fornecedores nacional e iniciar um novo ciclo de desenvolvimento sócioeconômico, com base nas perspectivas dos fortes investimentos previstos no setor petrolífero no país.

Segundo o estudo, nos próximos 10 anos deverão ser investidos US$ 400 bilhões em exploração de petróleo no mar.

- Se a nossa agenda proposta for ignorada, no entanto, a geração de emprego ficará limitada a apenas 400 mil vagas, cinco vezes menos, consequência exclusiva do crescimento natural da demanda, sem que tenham sido aproveitadas todas as oportunidades - destacou Eloy.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, destacou que a indústria nacional tem dado boas respostas no atendimento da demanda nos últimos anos, e que o desafio para o futuro é maior ainda. Isto porque, segundo ele, além dos fortes investimentos na exploração e produção de petróleo, outros setores estão com projetos de investimentos pesados nos próximos anos como a área de refino.

Gabrielli destacou que além dos investimentos de US$ 75 bilhões em exploração previstos até 2014, dos quais US$ 33 bilhões serão no pré-sal, outros investimentos pesados serão investidos em outros setores. Só na área de refino estão previstos investimentos da ordem de US$ 74 bilhões até 2014.

- Na área de refino da Petrobras a demanda por equipamentos será ainda muito maior do que no offshore. São equipamentos de calderaria, torres, casas de forças, investimentos voltados para a mecânica nacional. Isso abre além da offshore uma demanda adicional importante e não pode ser desconsiderada para quem está fazendo uma política industrial para a área de exploração e produção - destacou Gabrielli.